quarta-feira, abril 30

29/4 - Diário de Bordo - África do Sul

(agora clicando nas palavras sublinhadas aparece o mapa)

Novidades, pessoal! Sabem onde estamos? Ah, deixa contar uma historinha antes.

Cá estávamos nós felizes e faceiros desde nosso último contato em uma cidadezinha chamada Calitzdorp, sendo maravilhosamente recebidos pelos donos da hospedaria, o Jan, a Juanita e o John (que trio!). Tomamos vinho (da região) e porto por várias horas juntos, falamos muita bobagem, demos muita gargalhada, até que o John se encantou com a Suzana e deu a ela de presente uma bolsa pintada por ele mesmo. O John é mesmo um amor, muito gentil e delicado, um verdadeiro gentleman inglês, quase uma lady. Na volta a Su mostra pra vocês, tá legal?

Bom, enchemos a cara e tentamos dormir... Só que a igreja toca o sino a cada 15 minutos. Inclusive na madrugada. Ou seja, barriga cheia e "blim blom" é igual noite mal dormida.


Igreja Dutch Reformed em Calitzdorp (na frente do hotel, praticamente dentro do quarto)

Não faz mal. Tomamos a estrada na segunda (feriado por aqui – freedom day) rodando por uma prima da gloriosa Rota 66 americana, a Rota 62, que também é seca e selvagem, mas que passa pelos vinhedos. O Jan nos recomendou passar na Ronnie’s Sex Shop na estrada (!) e foi o que fizemos. Um barato! Um pubzão perdido no meio do nada, com uma querida portuguesa, a Helena, atendendo na “sex” shop (que não vende nada de sex, é só uma lojinha de souvenires bem legal). Compramos um avental “sexy” (quando vestido sem nada por baixo...) Vocês também verão este! Ou não!


"Wild" Route 62


A "sex" shop do Ronnie


Vinhedos em Montagu

Bem, vinhedos adentro, fomos parar em Stellenbosch para comprar vinhos e achar uma ecovillage, mas não rolou uma coisa nem outra. As lojas fechadas, a ecovillage não foi localizada e os hotéis caríssimos. Tá legal, seguimos em frente e, de repente, de cara para o sul, o mar! O fabuloso Atlântico, com seus 12 a 16 graus. Brrr! Ainda não rolou banho, mas rolará. Como quem não quer nada, seguimos pela costa para o oeste e demos de cara com... Com... Cape Town!

Ah, a Cidade do Cabo é uma beleza. Apesar de chegarmos de noite, achamos um hotel no meio da confusão e o dia descortinou-se lindo, sem nuvens. Resolvemos tomar o ônibus que faz o city tour e tivemos uma geral da cidade.


Ônibus do city tour de Cape Town. Atrás, montanha Lions Head.


Cape Town (Long Street)


Lions Head vista do city tour (nós e os turistas da torcida do Flamengo)

Ao passar pelo ponto pelo qual a cidade é famosa, a Table Mountain, montanha em forma de mesa, pulamos do ônibus e subimos o teleférico. Nossa, estava demais.


Table Mountain, com o côco de um negão bonitão junto com o coquinho de um neguinho bonitinho.


Teleférico para a Table Mountain


Cape Town vista do teleférico

De cima se vê a cidade, linda lá em baixo, encontramos brasileiros, portugueses, angolanos, ... E muitos outros. De repente, como é costume, o tempo mudou e cruzou uma nuvem gelada (a toalha de mesa da montanha).


Pintaram umas nuvens na montanha (a toalha da mesa)

Descemos voando (quer dizer, de bondinho), passamos pelos bairros costeiros (ai, uma casa aqui!) e acabamos a tarde-noite no Waterfront. Legal, legal. Bares e restaurantes em frente ao porto. O jeito foi tomar uma cerveja da Namíbia e comer uma bruschetta italiana. Assim é. Cidade cosmopolita.


A maravilhosa praia de Camps Bay


Waterfront de Cidade do Cabo, um barato!

Câmbio final e beijos.

domingo, abril 27

(mais um) Diário de Bordo - África do Sul

Ai, que bom encontrar vocês de novo. Estamos aqui, em Calitzdorp, no início das regiões de vinhedos da África do Sul. Já estamos sentido o clima. O lugar é lindo, com montes ao redor de vales, contrastando com o sábado, passado na região do Karoo, muito seca.
Estamos num hotelzinho perdido num vilarejo de 9000 habitantes (brancos, na maioria). O John (que comanda a coisa por aqui) nos reservou um quarto lindo, mistura de antigo e moderno, de onde escrevemos este blog. Para sentir o astral, mandamos a música que estamos ouvindo agora, bem do clima.


Atualizando o blog, em Calitzdorp



Ontem foi sábado, e aproveitamos o dia viajando de Graaff-Reinet para Beaufort West pela estrada R61 realmente seca. Tons de deserto. Grande nada. Até Beaufort West, ponto de passagem entre Jo’burg e Cidade do Cabo. Aqui, pegamos o Parque Nacional Karoo e aproveitamos para fazer trilha e... O que mais? Bichos!


Trilha no Parque Nacional Karoo

Paisagens do Karoo

Espaçonave Chevy Aveo

Anda-se pela estrada a 40 km/h e avistam-se muitas coisas. Ah, mas as zebrinhas, que amor! Olha! (fala da Suzana)
Zeeebra!

Karoo NP

Ainda vimos outros seres não identificados. Foi um dia especial. Finalizado com pizza e vinho (ah, gostoso vinho local, Chateau Libertas – recomendamos).

Domingão, dia de encontrar os locais que também fazem turismo. Tomamos a N12 que aos poucos deixa a região seca e se aproxima das montanhas. É o início da região dos vinhedos. Vales, montanhas, passos, como os que você pode ver abaixo.

Mudou a paisagem!

Olha aí o montanhista no "topo"

Uau!

Pelo caminho, as turísticas Cango Caves, cavernas fantásticas com formações lindas. Você pode tomar o tour “standard” ou o “adventure”. Em qual fomos? No standard, é claro! Depois de fazer ressonância magnética (ah, a idade) você não quer mais saber de lugares apertados (fala do Aurélio, que arrepiou com uma passagem de 30cm x 27cm da caverna).

Cango Caves

Bem, estávamos nós, toda a terceira idade da região e todas as crianças também nas Cango. Depois delas, um lanche a bordo da espaçonave Chevrolet Aveo e passagem por fazendas de vinhedos e de criação de avestruz (muitas!). Sem esquecer-se da flora da região.

Ostrich (avestruz)

Que monte!

Que lindinha!

!

Bom, agora vamos finalizar que nós vamos tomar chimarrão e depois vinho. Beijos!

sábado, abril 26

Diário de Bordo - África do Sul

Atenção! Notícias da África! Não queremos decepcionar nossas amigas, mas não vai dar para levar na mala um bom negão para cada amiga que pediu... Adiantamos que são gente fina, mas daí a ser transportado na mala...

Bem, enviemos fotos dos tais sempre que der.

Nesta quinta foi dia de estrada. Ah, e que estrada. Relaxante. Rodamos desde Bloemfontein até Graaff-Reinet por entre paisagens de planície e montanhas, até chegar às beiras do Parque Nacional Camdeboo.

Estrada N9

Perto dela, avistamos o primeiro exemplar realmente africano da vida selvagem: o Gemsbok, um tipo de alce de guampas retas. Ah, avistamos também avestruzes criados em fazendas.

Gemsbok (um parente deste, o springbok, já papamos no jantar)

Oystrich (avestruz - também já papamos - são muito bons)

Graaff-Reinet é uma pequena cidade colonial holandesa, com a igreja central da Reformed Dutch Church. A cidade parece Canela.

Casa estilo Cape Dutch de Graaff-Reinet
Igreja em Graaff-Reinet

Chegamos à tardinha, jantamos às 19h sob um céu estrelado maravilhoso e uma temperatura agradável de 22 graus. O frio foi-se embora. Aurélio até já pegou um bronzeado de caminhoneiro no braço contrário. À noite, fizemos aventuras fotográficas noturnas, tipo capturar os seres noturnos e deitar no meio da rua para captar um instantâneo da arquitetura local. Hospedamo-nos no Obesa (!) Logde, num quarto chamado Bad Mama (!).

Nossos amiguinhos

Hotel psicodélico em Graaf-Reinet

Boa Noite! Hora de dormir...

Bom Dia! Hora de pular da cama para fazer trilha!

Pois é, sexta é dia de trilha. Que dia não é? Saímos pela manhã para uma que durou 3:30h, isto só para esquentar (que o ciático não é de ferro). Foi na Eerstenfontein. Vimos formações maravilhosas.

Trilha, trilha, trilha!

Já na tardinha, rumamos para o Vale da Desolação. Desolador de tão lindo. Enxerga-se muito longe no horizonte. Na estrada, topamos com mais alguns exemplares de fauna, um tipo de macaco que não identificamos e um antílope. No Desolation Valley pegamos um pôr-do-sol daqueles. A vegetação não é aquela típica de filme da África. A savana é mais do tipo seco, com arbustos baixos e poucas árvores (logo, zero sombra, num calor de, agora, 30 graus).

Fauna

Mais fauna!

Alguém aí gosta de esportes bastante radicais?

Visual a perder de vista

Paisagem linda da região

!

Saudades da terrinha

Danks! (Valeu!, em afrikaans)
Ingang (entrada, em afrikaans); Utgang (saída, em afrikaans) (Grande coisa!)
Tchau! (Tchau!, em bom português) – Aliás, mais de uma pessoa já nos perguntou se falamos francês no Brasil.

quinta-feira, abril 24

Diário de bordo - África do Sul

Olá. Nós aqui novamente! Terça foi dia de visitarmos Soweto (South West Township). Muito diferente do que imaginávamos. É enorme, tem várias regiões e moram mais de 3 milhões de pessoas. Existem moradias de todos os níveis, das melhores até os casebres muito pobres, além de (!) dois shopping centers. Têm muitas escolas, das elementary schools até as high schools. E o que encontramos por aqui também? A "famosa" Igreja Universal do Reino de Deus (Universal Church of the Kingdom of God), com o maior templo da África, onde cabem 11.000 pessoas!!!! O povo é
alegre e todos com quem falamos foram muito atenciosos. Nosso guia, Sifiso, mora em Soweto.

Soweto

Local onde ocorreu um massacre de estudantes em 16/6/1976 (15 anos da Suzana)

Aurélio e Sifiso, "a Zulu Boy", na Sisulo Square, em Soweto

Hector Peterson Memorial. Na foto, estudante de 13 anos morto no massacre

No caminho para Soweto conhecemos uma outra Johannesburg. A região mais rica, com mansões e hotéis caros. Todas as casas cercadas, muito semelhante ao Brasil. Nelson Mandela mora por aqui. À tarde, fomos até o Apartheid Museum. Assim como Soweto, um passeio imperdível. Mostra toda a história do Apartheid, desde o início da separação de brancos e não brancos, passando pelas lutas pela igualdade, os confrontos entre a polícia e os estudantes, até seu final, com as eleições e a vitória de Nelson Mandela para presidente. É impressionante, a começar pela entrada separada para Brancos e Não Brancos. Para começar a vivenciar um pouco do que foi a separação. Sentimentos muito fortes. Ficamos em torno de 1:30h e não conseguimos ver tudo. Era preciso mais 1h.

Entrada do Apartheid Museum

Experienciando as diferenças
Fomos jantar em Randburg Waterfront. Pena que tudo às escuras. Parece que a falta de luz é prática comum.
Dia fantástico.

Na quarta seguimos em frente. Saímos de Johannesburg, uma SP cheia de freeways, em direção a Bloemfontein. Ah, a estrada, uma musiquinha, que beleza... Terreno seco, savanas, pouca água.

Foto ao contrário? O que não faz um Photoshop? Ou é real?!?!
Saímos da província de Gauteng para entrar em Free State, com suas fazendas. Já em Bloemfontein, encontramos brancos que falam africaans entre si e negros que falam as mais variadas línguas (xhosa, zulu, sotho) também entre si (para nós é tudo a mesma coisa, não entendemos nada).

Bloemfontein - Tribunal

Bloemfontein é a capital judiaciária do país. Almoçamos às 4h da tarde (nada como estar em férias) e fomos a um pequeno passeio pelas ruas. Voltamos em seguida para procurar hotel, pois estava tudo lotado (por causa das corridas de cavalo e torneio de golfe).

Waterfront (outro) - pausa para almoço
Depois de um tempo, num miraculoso hotel com um último quarto vago, descansamos assistindo programas em língua africana e um "maravilhoso" jogo de futebol entre Ajax Cape Town x Orlando Pirates, com o narrador narrando parte em inglês e parte em (?).

Uma confusão! Uma diversão!
Até a próxima.