quinta-feira, fevereiro 21

porém...

Dizem que às vezes a água do oceano em Cape Town está tão gelada que ninguém se aventura. Veja foto da amiga Aninha Carlson!

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terça-feira, fevereiro 19

picking up the way...

Bom, chega de lero. Chega uma hora que você tem que escolher. Pelo menos, ir numa direção. Depois de pensar, meditar, pesquisar, perceber os sinais... É chegada a hora de uma aventura internacional! Quero avisar aos amigos que estamos nos preparando para ir para algum lugar legal. E queremos deixar claro que os sinais só vieram por causa dos amigos e que por isso a gente agradece demais.

O lance é se entregar a uma experiência de aprendizado fora "de casa", e que pode ser na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Canadá ou EUA. No momento tá mais para África do Sul. Não sei dizer exatamente por quê, mas tem algo de intuitivo em querer ir para lá. Acho que algo interessante está para acontecer...

Vamos viajar para o destino e conhecer as bandas e deixar alguns currículos. Confesso que há algum tempo desejo trabalhar no que se chama 3.setor, "non-profit", das ONGs, das agências de ajuda e desenvolvimento. E acho que lá vai dar caldo.

Bom, este blog vai acabar virando "travelog". Então, esperem para ver relatos de viagem a partir de maio por aqui. Ah, sobre escrever, acho que isto continuará por lá.

Tem alguém aí a fim de ir junto?

quinta-feira, fevereiro 14

pequeno papo entre pais e filhos

Este negócio de vislumbrar o futuro me parece que acontece quando se tem 17 anos, ou 40, ou 60. De uma forma ou de outra, alguém (você, seus filhos, sobrinhos, afiliados ou netos) terá 17 anos.

O que dizer a jovens destas idades? Talvez seja a hora de compartilhar as próprias incertezas.

- Pai, como você vê o futuro?

- Como assim, filho? Você quer dizer se eu tenho esperança no futuro?

- Não, não quero dizer esperança, isto eu sei que você tem. Quero saber como você pensa que vai ser o futuro.

- Ah, sei lá, filho. Acho que o mundo vai ser muito diferente de hoje, mas com muitas coisas iguais.

- Como assim?

- Vou explicar. Será muito diferente porque cada tempo tem suas rupturas. Tudo está sempre sendo rompido. Costumamos achar que nosso tempo é de mudanças e que o tempo de nossos pais e antepassados é estático. Mas não é bem assim. O mundo está sempre mudando. Cada nova geração quer mudar. Mas, veja que interessante. Isto é que é sempre igual. As mudanças. As incertezas. E as nossas dúvidas. Sempre teremos nossas dúvidas.

- Então, pai, isto é o que eu quero saber. Quais são as suas incertezas? Quais são as suas dúvidas?

- Ok, este é um bom ponto. Não vou tentar prever o futuro, mas vou tentar lhe dar uma boa idéia das minhas incertezas.

- Então diga logo.

Parei um pouco para organizar as idéias e recomecei:

- A primeira, filho, é a seguinte: a gente deveria aprender a viver bem com a incerteza que vem por aí ou tentar criar um mundo ao nosso redor que seja mais pacífico e tranqüilo? Veja filho, não é uma questão de ser mais ativo ou passivo, ou de ser criativo ou adaptativo. Não é só isto que está envolvido. É muito mais, entende?

- Acho que sim. Afinal, o resultado agir de uma forma ou outra é muito diferente, não é? Sua vida será completamente distinta se optar por um caminho ou outro...

- Isto mesmo.

- Não sei, mas acho que é que nem os jogos que a turma joga em rede. Ou a gente é bom e se “vira” bem em vários deles, ou é um gênio que sabe “bolar” os jogos e liberar para o pessoal jogar...

- Pois é filho, ou você é daqueles que jogam bem o jogo ou daqueles que criam novos jogos. Que habilidade ou postura é melhor desenvolver? Saber navegar bem na instabilidade ou criar um mundo de equilíbrio e estabilidade? Eu não tenho certeza.

- Entendo, pai... Sabe que tem amigos meus que não agüentam jogar certos jogos? Eles caem fora!

- Pois é, né, filho, quando há muita confusão e incerteza, e você não sabe o que fazer, você se enclausura e se fecha. É mais seguro. Mas isto leva a minha segunda incerteza: se a gente tem que se fechar e construir um ambiente seguro para gente e para aqueles que a gente gosta, ou se devemos nos abrir o máximo, para aprender e conectar-se.

- Entendi. Quando eu estou no computador, às vezes tenho que bloquear o Messenger. Quando tem muita gente e está todo mundo enlouquecido querendo se conectar, tem que dar um tempo.

- É isto, filho. Sabe, no fundo, a gente está querendo é buscar nosso lugar no mundo. Só que a gente se divide entre jogar bem o jogo da vida, como ele é (e para isto a gente às vezes monta um sólido sistema de defesa) e entre procurar outros jogos e até mesmo contribuir para a criação de um novo. Quando se é jovem, é ensinado (ou mordido por algum vírus) para escolher. Viver e vencer no mundo que está aí ou mudá-lo.

- Mas é que isto, esta escolha, depende do seu jeito, né, pai?

- É verdade. De que você dispõe para fazer isto ou aquilo? Quais são os seus valores? Quais são as suas habilidades? Eles são mais subjetivos, "humanos", por assim dizer, ou mais objetivos e "racionais"?

- Então é isto que você pensa. Suas incertezas sobre o que fazer ou onde investir, não é? Se num mundo de "deixar como está e viver bem" ou de "lutar para mudar", não é mesmo? E se você vai fazer isto com a cabeça ou o coração, não é?

- É isto. Acho que é bem isto...

- Então, pai, o que devo fazer?

- Primeiro, filho, tenha consciência das suas incertezas. Quanto mais você conhecê-las, mais opções terá. Depois, não faça escolhas nem apostas. Apenas prepare-se com a perspicácia que puder para a maior parte delas. E sempre que estiver em dúvida, considere o caminho do meio.

quarta-feira, fevereiro 6

Uma espiada no futuro 5/5 (enfim!)

Planeta: Ambiente e sustentabilidade, Civilização e infra-estrutura

O que é certo: Não haverá destruição do planeta. As mudanças não serão graduais nem homogêneas. Haverá mudanças radicais completamente díspares ao redor do mundo. Debate ecológico ainda maior. Ambiente será um restritor fundamental da atual caminhada humana. Problemas locais ambientais sérios já estão presentes. Conflitos por recursos ecológicos, principalmente água. Soluções sistêmicas prometem saídas, como energia e biodesign. Crise ambiental torna-se questão de segurança. Vulnerabilidade da concentração de fontes energéticas. Passos desencontrados entre mudança ambiental e tecnológica e mudança política. Evolução da governança (não governo) global de baixo para cima. Elevação do terceiro setor. Necessidade de liderança nos negócios e entre empreendedores sociais.

O que é incerto: Como os problemas ambientais críticos evoluirão. Como vários atores responderão. Onde estão as soluções mais potenciais. Como a humanidade será retecida como conseqüência da crise climática. Ainda há tempo para medicina preventiva para o planeta? O surgimento da contabilidade das externalidades nos negócios. Robustez da presente civilização global.

O mito do aumento gradual e homogêneo da temperatura está caindo. As mudanças no clima não serão graduais nem homogêneas. Cai também o mito da destruição do planeta. O que haverá são mudanças radicais completamente díspares ao redor do mundo.
Alguns dos sinais de problemas locais ambientais sérios já estão presentes. Apesar destas certezas, não se sabe como os problemas ambientais críticos evoluirão nem como os vários atores responderão. Dentro do crescente debate ecológico, também não é sabido mais se há tempo para medicina preventiva para o planeta.
O que está em jogo, no final das contas, é a robustez da presente civilização global. Está claro que o ambiente será um restritor fundamental da atual caminhada humana, principalmente pela vulnerabilidade da nossas fontes energéticas concentradas. Por isto ocorrerão conflitos por recursos ecológicos, principalmente água. A crise ambiental torna-se questão de segurança.
Apesar da urgência, ocorrerão passos desencontrados entre necessidade de mudança tecnológica e econômica pelas mudanças ambientais com a mudança política.
Perguntam-se: onde estarão as soluções mais potenciais? Algumas direções apontadas, com sinais consideráveis, seriam o surgimento da contabilidade das externalidades nos negócios, as soluções sistêmicas que prometem saídas, como energia e biodesign, a evolução da governança (não governo) global de baixo para cima, a elevação do terceiro setor e a necessidade de liderança nos negócios e entre empreendedores sociais.
O que certamente ocorrerá como conseqüência, mas não se antevê como, é o retecer da comunidade humana.

Imagens do mundo: um mundo fora de controle, Ruandas e Somálias pelo globo, diferentes formas de sobreviver.

sexta-feira, fevereiro 1

Para uma sexta-feira divertida!

http://www.youtube.com/watch?v=ukFl0o0ApDU

Uma espiada no futuro 4/5

Sobre o Potencial do conhecimento: tecnologia, ciência

O que é certo: proeminência da física, química, biologia e ecologia, na ciência, e da pesquisa em energia, biotecnologia, nanotecnologia, tecnologia da informação e sustentabilidade, no lado da tecnologia. Tecnologia para sustentabilidade. Ambivalência sobre o papel da tecnologia na vida. Crescente envolvimento de humanos com computadores. Vários usos da energia solar. Aumento da banda de telecomunicações e novas possibilidades. Wireless humans. Aplicações biomédicas da nanotecnologia e biotecnologia. Novas revoluções científicas na física, química e/ou biologia. Aumento dos investimentos nas ciências do cérebro e da consciência. Aumento da longevidade. Aumento das aplicações da biotecnologia em agricultura e plásticos. Desenvolvimento de campos nas frestas, fronteiras, interfaces e integração de áreas científicas.

O que é incerto: conseqüências da redução das fronteiras entre humanos e computadores. Surgimento de movimentos românticos. Perigos das conseqüências impremeditadas da tecnologia.

Ciências básicas e áreas tecnológicas estão, como sempre, interligadas. Física, química, biologia e ecologia em conexão com energia, biotecnologia, nanotecnologia, biomédicas, agricultura, tecnologia da informação e sustentabilidade.
Biotecnologia e nanotecnologia são fortemente impulsionadas porque têm o maior potencial de alavancar aspirações humanas importantes: longevidade e riqueza. Aí se aplicam pesquisa biomédica, agricultura e plásticos. Como a sobrevivência global passa a ser urgente, estarão também em alta as tecnologias para sustentabilidade. Entre eles, a pesquisa energética, onde sem encontram idéias para vários usos da energia solar.
A tecnologia de informação e a biotecnologia impulsionam o crescente envolvimento de humanos com computadores, principalmente para aplicações biomédicas.
Aumento da banda de telecomunicações abre novas possibilidades, criando a possibilidade de wireless humans. Incertas as conseqüências psicossociais e culturais disto: a redução das fronteiras entre humanos e computadores.
Aumento dos investimentos nas ciências do cérebro e da consciência, como importante fronteira pouco conhecida da ciência e da tecnologia.
Surgimento de sinais de dificuldades dos atuais paradigmas na física, com o potencial para surgimento de novas revoluções científicas na física, química e/ou biologia.
Os debates sobre os perigos das conseqüências impremeditadas da tecnologia estão sempre e cada vez mais presentes. Aumenta a ambivalência sobre o papel da tecnologia na vida. Pode ocorrer surgimento de movimentos “românticos”.


Imagens do mundo: novos Eisteins, ficção científica é logo ali, jovens tataravôs telepáticos, energia limpa e silenciosa como o vento nas folhas, MSF – Movimento dos Sem-Floresta.